Saudade! Permanência da saudade!
Sinto saudades... poesia, do seu versejar
Que me leva por sobre as brumas do mar
E me encanta a vida com seu gorjear...!
Oh! Poesia, meu doce alento pra caminhar!
Em meus ouvidos o arfar suave se faz ouvir
O gozo leve de quem sabe aos poucos se diluir
Nos braços amigos da poesia a se partir
E pela cruenta realidade vem a sucumbir...!
Não! Poesia pobre sem rima diversa
É o exemplo macabro na prosa indigesta
De quem na vida só aprendeu a festa...
Mas, a vida real, altaneira, ditadora e senhora
Faz aos poucos com que eu me dilua na hora
E saiba muito bem o momento de ir embora!