Saudade! Permanência da saudade!

Sinto saudades... poesia, do seu versejar

Que me leva por sobre as brumas do mar

E me encanta a vida com seu gorjear...!

Oh! Poesia, meu doce alento pra caminhar!

Em meus ouvidos o arfar suave se faz ouvir

O gozo leve de quem sabe aos poucos se diluir

Nos braços amigos da poesia a se partir

E pela cruenta realidade vem a sucumbir...!

Não! Poesia pobre sem rima diversa

É o exemplo macabro na prosa indigesta

De quem na vida só aprendeu a festa...

Mas, a vida real, altaneira, ditadora e senhora

Faz aos poucos com que eu me dilua na hora

E saiba muito bem o momento de ir embora!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 28/10/2009
Código do texto: T1891262
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