Soneto das duas faces

Momento atônito de desespero

Angústia exarcebada e mergulhada

Numa extensa cosmovisao sem esmero

Pela palavra acariciada

E deturpada de uma quimera

Que constroi uma essência,

Mas corroi com singeleza

A forma de toda uma existência.

E corrompe a entrada d’uma aura

Na exatidão desta certeza

De presenciar a agonia d’alma.

E, assim, dentro de mim sai a vileza

Para adentrar a virtude de calma

Constante e desvairo incessante.

Ricardo Miranda Filho
Enviado por Ricardo Miranda Filho em 11/11/2009
Código do texto: T1918381
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