A LÁGRIMA e QUINTAESSÊNCIA
  
                       A LÁGRIMA



Descendo de uma pálpebra que oscila
Uma gota de lágrima incontida
Torna-me a vida em mágoas repartida
No pensamento meu que ainda vacila.

Meu pranto que esta lágrima destila
Cai-me na face, esvai-se em desdita
Sentindo a sorte que se premedita
Em sangue se dilata mi’a pupila.

Morre o pensamento que assimila
A dor do sofrimento que amarga
A vida numa alma ressentida

Pois quando dela o corpo se descarga
Quebrando o elo na triste partida
A lágrima é o remorso que aniquila.


QUINTAESSÊNCIA

Um halo inconfundível, em suave brisa
Me traz, tão de repente, a quintaessência
De cores e perfumes – Simboliza!
Constrói-se de presença a tua ausência

Fragrância etérea e divinal desliza
Teu doce aroma em musical dolência
Por sobre a grama, a névoa onde se pisa
A “teoria da correspondência”.

Hálito puro o roseiral exala
Na voz do vento que sopra cantando
E eu imagino ser tua voz que fala.

Transcende-se o mistério desvendado:
“De tudo fica um pouco”, me restando
A pura essência do que me foi dado.

*Soneto com características simbolistas.


(Reeditados, suprindo a minha falta de tempo e ausência de inspiração).


LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 14/11/2009
Reeditado em 17/11/2009
Código do texto: T1922910
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.