NA MADRUGADA 
 
 
 
O vento me chegou, é madrugada
Não é o mesmo que me traz o dia
Não traz consigo a mesma harmonia
E sempre chega-me em hora errada.
 
Me tomou num pequeno pesadelo
Alterou batimentos e o coração
Ringiu, balanceou minha emoção
E eu, poeta, fui-me aos seus desvelos
 
Está tão frio... É fria a madrugada,
Porém não quero ao vento dar morada
E muito menos estar a sua espreita
 
Somente minha alma tão enamorada
O ignorou e em forma apaziguada
Cantou-me ao ouvido... Deita poeta, deita...