Vou nevando [Nem tanto ]
Não sei se Vôo ou se Peso
me moldo ao léu
envolto em sonhos desgarrados
pés presos no pé da cama
[Iara Zanatta]
------
Não posso mais nevar a vida assim
só eu sei o quanto carrego no peito
o quanto tateio esse céu
o quanto vago sem chão
No pouco que vivo, sei bem a força que tenho
quanto a força por vir ainda não sei ao certo
será uma surpresa no sufoco
um ímpeto a mais nas mãos
O vento brinca com o pó que levanto
anjos carregam os meus braços dormentes
os tempos me entortam [as costas] um tanto
as vezes me perco [de mim], bebo olhares de outros
e ardo as febres que perderam-se também
Assim sigo sendo eu mesmo ou nem tanto