Crepúsculo dos deuses

A morte crava o chão com os seus dedos,

Arranca-lhe as raízes mais frondosas.

Despencam lá de cima dos rochedos

As árvores tornadas belicosas.

Os ventos, tempestades e os tufões

Provocam numa saga, numa guerra,

Telúricos agitos, combustões,

Mexendo com o equilíbrio dessa Terra.

A água toma conta dos desertos,

A seca racha o solo que era mar

E o inferno vem chegando mais pra perto.

Dos deuses, os sorrisos, um esgar...

Descrentes, pois são sábios, ficam quietos

E deitam-se, esperando o Despertar.