Badalada da Morte-Viva
Falta-me ar a nutrir-me os pulmões
Falha-me a boca em dizer as verdades
Turva-me a vista negando a claridade
Mente-me a vida no passar dos verões
Fala-me o tempo ao dizer nada e nada
Fita-me a dor destruindo a sanidade
Trava-me do mundo atinado à maldade
Valha-me Deus nessa briga armada
Morte... tudo abala... tudo acaba
Seria este um fim cruel?
Ou cruel seria, mais, viver na desgraça?
Fome... frio... miséria
Vocês me matam sem tirar-me a vida
Por isso, à vós, escolho ela, doce e querida...