A cena
 


Tão logo voltamos à cena
Vamos escrever primeiro para depois ensaiar
Mãos à obra. Eu, poesia, dou vida à pena
Como tu és um soneto, empresta-me o teu poetar
 
A poesia e o soneto formam uma obra completa
Não há de existir neste vasto mundo
Um nome tão renomado igual ao teu, poeta
Como sou uma simples poesia, peço por um segundo
 
Os aplausos que só a ti são merecidos
Por seres o poeta dos mais belos sonetos
Recolho-me à minha insignificância sem medos
 
Para tão-somente dar-lhe os encantamentos
A tua inspiração não sairá mais de cena
Pois tudo vale se for por amor e se a alma não for pequena
 

Sol pereira