Festa sagrada

O sino lá da igreja começou a repicar.

Era dia de festa e o povo unido não se engana.

Celebravam todos a santidade franciscana

elevada às alturas monásticas do altar.

Nos olhos e nos pés, a mesma Luz, de par em par.

Havia um querer-se que a terra fosse mais humana,

um sentimento assim, livre, delicado, à paisana.

Venerava-se o Santo e limpava-se o Seu lugar.

Até que, de repente, um raio corta os céus da festa.

Segue-se-lhe um trovão e nuvens grossas, mui espessas...

É necessário agora, ó Deus, haver algum aprisco,

pois abrigar-se é bom enquanto algum tempo inda resta.

Abriram-se os portões da igreja. Monges e Abadessas

celebram, cantando, a elevação de São Francisco.