Êxtase amoroso! (*)

Os ventos são fortes, mais parecendo rugidos

Das emoções que afloram dos poços tranqüilos!

São quase imperceptíveis e não são munidos

De laços dilacerantes dos controles intranqüilos!

Nossos abraços despertam e mostram sinais

Que nossa pele transmite ao mundo

E aos olhos e semblantes nos tornam irracionais,

Deixando perplexo nosso sentimento fecundo!

Quão tarde é a noite e eu vou embora,

A galope, entoando canções ao vento,

Num êxtase amoroso do maior sentimento!

E assim as horas passam e a vida chora,

Derramando lágrimas incontidas de frenesi,

De acalanto, de ternura, de amor incontido por ti!

(*) Participou da "Revista Acadêmica", órgão oficial da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias, Ano I. n. 1. página 48, Brasília DF.