O poeta e o vestido

Feliz és tu nobre vestido

Esculpe corpos perfeitos

Entalha de perto os peitos

São longos, cadentes, perdidos

Eu poeta, apenas descrevo um ser

O que não podes você belo amigo

E nós diferentemente ambíguos

Vestimos palavras, beleza e mulher

Minha pena invade o vinho

Tua linha um corpo divino revela

Minha rima se alinha ao teu linho

E as mulheres assim são mais belas

Somos pássaros longe do ninho

Castigados a amar Cinderelas.

Silva Neto
Enviado por Silva Neto em 30/07/2006
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