Soneto de amor como fuga da realidade
Quanta tristeza que ‘inda agora sinto
Até vibra meu coração de morte vazio
Pobre amor foi aquele... que te perdi
E faz-se o mundo agora um vasto imenso frio!
Apenas teu sorriso sestroso escuto
Te tenho apenas nas escadas das lembranças
E me inspiro no astro inócuo da lua
E sobe... e morre... e não finda esperança!
Ainda que me dissessem estrelas
E me falassem de maior amor que sinto
Igual não tem no mundo, é infinito...
E espero com a paciência das flores
Nestas penúltimas recordações me empenho
E triste sou que apenas em doces sonhos... te tenho!