UM RESTO DE SONHO
Outrora, nos meus livros de memória,
puxava tantos sonhos de esperança...
Manhã que decantava a minha história
na pequena janela de criança.
Vivendo atormentada como o vento,
- que corre o mundo em busca de seu sonho,
eternizei a vida em sentimento
que nem foi verdadeiro, hoje suponho.
Não consigo esquecer as minhas mágoas
que giram e correm como as águas,
porém voltando sempre ao oceano.
Ao abrir as cortinas do passado
vejo um resto de sonho represado
que eu não pude colher em meu engano.