Uma estrela!
A natureza, quando morre a poeta, ao vê-la
Que em tristes véus se cobriu em vida
Que sonhou sozinha, em devaneios perdida
Diz que se foi a ilusão, nasceu uma estrela.
A vida, quando morre a poeta sem tê-la
Que em dores e pavores se consumiu
Não consegue ser fiel ao que sucumbiu
Diz que se foi quem se achava estrela.
A chuva quando morre a poeta, sem merecê-la
Que em nuvens sombrias sempre a escondeu
Que sofreu e desistiu de lutar e morreu...
O amor, quando morre a poeta sem perdê-la
E ensaia entre sorrisos e lágrimas o seu adeus
Sabe que finalmente no céu, brilha uma estrela!