Caminhos...
Escutar os ruídos do mundo inquieta a alma e extasia a vida,
Sufoca os gemidos do espírito e entretém os sentidos
E esconde no recôndito vazio do coração seus ais aflitos
Numa ânsia imperceptível aos olhos de quem lhe investiga.
Sem essência e sem bagagem por caminhos desenhados
Com a pena mágica do destino, vias incertas, tortuosas
Ela vai cambaleante, trôpegos passos. As dores silenciosas
Acalentam o choro fácil que flui criando sulcos molhados.
O mal que fortalece a saga e enseja a sua luta vã, inglória
De sua pérfida companhia que lhe atormenta e desvanece
O corpo que sob o peso do ardil recurva e envelhece...
Recurvada pela sombra onírica considerada simplória
Mas, que invade o universo do que sonhou um dia
Aquece o peito, porém a sua alma triste, continua fria...