Soneto de coração romântico

Que vai dizer-me, amor que sinto

Que no peito nada mais se cabe

Que fui eu a colocar tal entrave

E a viver um mesmo amor que minto

E de irreal faz-se o sonho verdadeiro

E de vive-lo, nada mais importa

E se o amor é quem me vem e corta

Que vivo a viver tal devaneio!

E por curar-me o mal de amor são tantas...

Os malditos me receitam vil remédio

E nem se sente que meu peito canta

Que sou romântico incurável, não nego

E se não fosse por viver tamanha paixão santa

De certo morreria eu de puro tédio!

dhália
Enviado por dhália em 04/08/2006
Código do texto: T209160