À COROA QUE DORME NO MUSEU
Coroa, que na vitrina-jazigo dormita
Exposta ao deslumbre nocivo
Aos comentários das bocas malditas
Cuja malediscência e ignorância é crivo
Que sentes aí dentro sentirei
Saudade do rei agredido?
Desejo de coroar novo rei?
Que clama o teu estro oprimido?
Não apague o teu brilho jamais
Símbolo vivo da minha esperança
Coluna da minha grei
Foste farol dos nossos pais
És a paixão que nos alcança
Serás o adorno do novo rei!