SONETO #001: MATURA IDADE

Por: João Bosco Rolim Esmeraldo

O tempo passa, e então, voltado à lida

Vejo, sem tempo, a vida despontar;

Passo o tempo todo, sem contar a vida;

Sigo pela vida sem poder contar.

Quando era criança, o tempo não corria

Vivia a correr, e o tempo não passava,

Pura ilusão, a vida transcorria,

Mas o futuro, parece, não chegava.

Sem passatempo, a idade foi chegando;

Quase sem tempo, os dias encolhendo;

Passou-se o tempo, a vida encurtando.

Como desejo, agora, estar revendo;

Como criança, de novo, ir contando;

O tempo em que vou envelhecendo.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 24/03/2010
Reeditado em 01/01/2016
Código do texto: T2156187
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