NAS ASAS DO POEMA

NAS ASAS DO POEMA

Se em meu verso não posso o chão lodoso

Deixar para alcançar o infinito,

Parta ao menos ao céu um rude grito,

Essa arma do meu peito tão queixoso.

Talvez o Ser Supremo, tão bondoso,

Ouvindo o meu gemido muito aflito,

Inspire-me um poema mais bonito

Em que eu possa partir alegre, airoso.

Montado, então, nas asas do poema,

À morada do amor eu chegarei.

À corte da bondade cujo lema

“Amai-vos sem cessar” é nobre lei.

Eu ali, pobre filho de Iracema,

Feliz eternamente, então, serei.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 25/03/2010
Código do texto: T2159319
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.