À musa que dormita ternamente

O jasmim nos teus olhos reluzentes

Não é mais belo do que eles fechados.

Neste ninho de sonhos apartados,

Teus olhares figuram mais presentes...

Os bardos adivinhem o que sentes

E escrevam, dentro em mim, maravilhados,

O que sinto sentires, os brocados

De nossos sentidos urdidos rentes.

Sonhas, talvez, as épocas antigas

Da tua infância feita de cantigas,

Longe de mim, que conheci-te tarde...

Nas árias que habitavam-te, amorosas,

Meu ser futuro as notas preguiçosas

Já ressoavam com leal saudade.

wsdafae
Enviado por wsdafae em 30/03/2010
Reeditado em 20/01/2011
Código do texto: T2167380