À musa que dormita ternamente
O jasmim nos teus olhos reluzentes
Não é mais belo do que eles fechados.
Neste ninho de sonhos apartados,
Teus olhares figuram mais presentes...
Os bardos adivinhem o que sentes
E escrevam, dentro em mim, maravilhados,
O que sinto sentires, os brocados
De nossos sentidos urdidos rentes.
Sonhas, talvez, as épocas antigas
Da tua infância feita de cantigas,
Longe de mim, que conheci-te tarde...
Nas árias que habitavam-te, amorosas,
Meu ser futuro as notas preguiçosas
Já ressoavam com leal saudade.