VIDA PROLETÁRIA

Neste sistema híbrido que nos lançou ao mundo,

Com esforço profundo alguns saem-se menos mal,

Pois este inferno astral no qual temos que viver,

Tem pouco a oferecer e as exigências são muitas...

Se ao chegar esboça um choro é sinal de robustez,

Caso haja timidez e não propague nem um pio,

Já causa até calafrios nos genitores imperfeitos,

A mãe se sente insegura e o pai quer um amuleto...

Mas isto é só o começo depois chega a amargura,

E vai sofrendo torturas das durezas ancestrais,

Os sonhos ficam incapaz de ser trazido ao real...

Nesta luta desigual, das fadas existem os filmes,

E as decisões mais firmes são cruéis e solitárias,

Nesta vida proletária de mendicância ao emergir...

LUSO POEMAS 03/12/14