CADÊNCIAS DA ESCURIDÃO

Soterrada, em porões da escuridão,

vejo as frestas se abrindo, em noite escura,

gotejando alguns pingos de ternura,

molhando de esperança essa ilusão.

Aprisionada a lua tenta e fura,

fazendo, no céu negro, o seu rasgão,

implacável a noite vem e mura

a trilha dessa luz que busco em vão.

É preciso buscar de novo a crença

e não deixar que a noite escura vença

as minhas incertezas e ansiedades...

Que esse meu pensar seja diferente,

que a escuridão não caia novamente

e eu possa ver a luz de outras verdades.

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 19/04/2010
Código do texto: T2206000