Subterfúgio!
Penso no que sou e devaneio no vazio da alma inquieta, ente revirado.
O que sou? Não sei ao certo e talvez nem isso me preocupe, mas sou.
Ainda que seja uma bólide maluca perturbando o universo organizado
Eu sei apenas que simplesmente não sei, mas sei que um dia eu vou...
Vou aonde, para onde e como eu vou seguir minha jornada, sozinha?
O que significa a solidão em meio a tanta gente? Como estar sozinho?
A vida lateja nas frontes baqueadas, enfraquecidas, é a vida daninha
Ou é a vida Severina do poeta que se faz assim também mesquinha?
Acredito, mas não creio na essência vazia do pecado e da exclusão
Porque me sinto acarinhada em seu peito de amor gêmeo e único
Vem, seja o que o sonho faz de mim, seja eu, seja minha ilusão ...
Eu, sem nunca ter sido, para todo o sempre sou sua, tenho medo
Na aprendizagem da vida foi você meu élan, meu aprender lúdico
Não, não é você, não sou eu, é meu exílio, é meu único degredo!