Subterfúgio!

Penso no que sou e devaneio no vazio da alma inquieta, ente revirado.

O que sou? Não sei ao certo e talvez nem isso me preocupe, mas sou.

Ainda que seja uma bólide maluca perturbando o universo organizado

Eu sei apenas que simplesmente não sei, mas sei que um dia eu vou...

Vou aonde, para onde e como eu vou seguir minha jornada, sozinha?

O que significa a solidão em meio a tanta gente? Como estar sozinho?

A vida lateja nas frontes baqueadas, enfraquecidas, é a vida daninha

Ou é a vida Severina do poeta que se faz assim também mesquinha?

Acredito, mas não creio na essência vazia do pecado e da exclusão

Porque me sinto acarinhada em seu peito de amor gêmeo e único

Vem, seja o que o sonho faz de mim, seja eu, seja minha ilusão ...

Eu, sem nunca ter sido, para todo o sempre sou sua, tenho medo

Na aprendizagem da vida foi você meu élan, meu aprender lúdico

Não, não é você, não sou eu, é meu exílio, é meu único degredo!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 21/04/2010
Código do texto: T2211191
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