Descomeço, começa o dia...

Tem início o “descomeço” nasce o medo

Os olhos ficam desorbitados e envelhecem

Não apenas isso, mas se recolhem mais cedo

E na insensatez de seu pânico, emudecem.

No conflito interior em que encharca a alma

Lágrimas copiosas deslizam e trepidam no solo

Ainda não adubado da emoção, que espalma

Para além das balizas cerceadas do próprio colo.

O desenho se forma ininteligível na alvura

Do papel antes árvore, antes mata, antes nativa!

É falível, portanto, iniciar o caos na planura.

E volta o medo, volta a ansiedade cativa

Retoma o pranto, mas não perde a candura

Então se transforma em fênix aflita.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 03/05/2010
Código do texto: T2235182
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