Náufrago nunca mais

Vi na alvura de tua pele o pecado corrompido,

Aquele que todo homem desdenha da virtude,

Da moral social, por estar plenamente seduzido,

Que seja por teus olhos azuis, sinais de longitude.

É! Tornei-me um mensageiro, um desbravador...

Que sejas por um final de semana regado a vinho!

E no enleio de tua veludosa voz, virei navegador,

Só não esperava tão cedo a tormenta a caminho...

De meu veleiro ainda pequeno, mas majestoso,

Que domina os ventos e os transforma em brisa,

Não pelo tamanho, porém por ser impetuoso.

Então, não me venhas futuramente com bonança,

Já que vivi naufrágios demais e todos sobrevivi,

Portanto náufrago nunca mais, só aventurança.