A solidão da alma, solidão do sonho, solidão...

Quero professar a alegria sensível em ser do amor a sua única morada

Quero ainda proclamar a redenção dos sonhos e do encantamento,

Me envolver em uma nuvem etérea e fortificante, uma nebulosa alada

E sobrevoar o universo pontilhado, esvoaçar, percorrer o firmamento.

Quero ainda sobejar de sentimentos bons, nunca antes desejados

Nessa imensa selva de pedras que polidas, substituem o coração.

Quero também ensaiar um número original nunca antes realizado

No palco imenso da vida, com as vestes da luz, com o cheiro de ilusão.

Quero tanto, quero sim submergir em meio à espuma dourada do mar

Que no ocaso se tinge de tonalidades nunca, jamais vistas, só admiradas

Ao som da magia, do deslumbramento sob as nuanças suaves do raiar...

Raiar da aurora, melhor que fosse boreal, mística, cintilante e multicor

Espraiado na abóbada celeste em nesgas incrivelmente iluminadas

Volver os olhos cansados para a inspiração de sua beleza é fugir à dor.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 06/05/2010
Código do texto: T2240920
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.