Vento Norte
”Deixa que o vento corra coroado de espuma,
que me chame e me busque,
galopando nas sombras (...)” Pablo Neruda
Redemoinho com força de homem,
Que excita o corpo e arrepia os cabelos,
Mexe comigo, desperta-me apelos
De sexo, angústia, de sede e de fome.
Bolhas no estômago e febre que ferve
É a inspiração na essência do vento.
Pesa no peito, me move em intentos,
Faz-se poesia, alimenta-me a verve.
É inevitável a comparação,
Provocas em mim o mesmo que o vento,
Os meus desejos mais caros tu apuras.
Meu sentimento eu atrelo à paixão,
Se me bolinas a alma é um alento
E eu gozo... sinto o prazer e a fissura...