Gerúndio

Perdi-te, e eu bem sei o porquê.

Tinha certeza que tu me entendias

Quando dizia que a alma de meus dias

Era o chão que se mostra à tua mercê.

Mas nunca pude cobrar-te, já que

Nem mesmo eu, afogado em manias,

Consegui mostrar-te que conseguias

Ser rosa sem espinhos: meu buquê!

Percebi que amar é ato constante,

Nutrindo e nutrindo a todo o instante,

Pois que o amor é uma grande área vazia:

Balão que, sem ar, não ganha o céu;

Colmeia que produz sem ter seu mel;

Um vácuo para encher-se todo dia.

Preto
Enviado por Preto em 18/05/2010
Código do texto: T2264389
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