MINHA LAMÚRIA /

Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco)

Eu, apenas eu, só eu

na mente um turbilhão de lembranças

vendo a escassez das esperanças

o descumprir das leis do galileu.

Eu, apenas eu, quem sou?

ninguém, diante da disparidade

vendo a casta, a plebe, a humanidade

a mendigar um pão que não restou.

Eu, inerte, apenas vejo

e triste os meus olhos lacrimejo

pela penúria de um povo que almeja.

Eu, sei que há mesas onde não há pão

enquanto em outras mesas com faisão

falta amor e tudo mais sobeja.

Carlos Celso
Enviado por Carlos Celso em 23/05/2010
Reeditado em 16/12/2021
Código do texto: T2275124
Classificação de conteúdo: seguro