Nuvens da verdade

É o pôr do Sol e os cirros constroem o céu,

De perto a oeste vejo nimbos, tempestade,

Cúmulos de chuva de outono como um véu,

A esposar a Lua no seu leste de majestade.

Mas ao sul estratos tomam todo o horizonte,

Reluzindo cores de um crepúsculo bucólico,

Que pretendo em imagem forjar uma ponte

De lembrança do nosso lindo tempo enólico.

São taças a brindar, mesa reservada pra dois,

Ambiente em varanda beira-mar, um bangalô,

Onde sonho minha vida contigo agora e depois...

Então não cessarei esforços para me edificar,

Vencer os meus medos e transpor meus limites,

Para que sempre me admire no cais do nosso mar.