EU...!
Sou uma nau errante à deriva,
No sobe e desce do balanço das ondas,
Marinheira mareada na ânsia criativa,
Ao saber, sem saber, por que me sondas?
Neste ir e vir a cabeça tresloucada pende,
Sobre o peito arfante, preso em sua saudade,
Nos ponteios da viola que vibra e acende,
A chama púrpura da viagem não marcada.
O vento que sopra as velas, enche os sonhos,
E impulsiona o destino sempre avante,
São tantos caminhos e saberes tristonhos,
Ah! Sobre as capelas a espuma encapelada,
Vai coração rubro, se renda ao implante,
E deixai vir assumir a insensível violada.