DESTINO DE POETA 

 
Era uma vez um Barco abandonado
há muito, por alguém desiludido,
alguém que de tentar ficou cansado
de ver-se em alto mar só e sofrido.
 
O Barco muito tempo assim ficou
vazio e solitário, na esperança
de que aquele alguém que o deixou
ao menos o tivesse na lembrança.
 
O tempo foi passando e certo dia
em raios da manhã que ora nascia
A Bela o visitou em bela voz
 
e o Barco renasceu em Poesia
deixando a solidão e a sorte atroz
aos Versos que fazemos - todos nós.