CASUAL

No gozo de uma vida atribulada

Evaporava o viço a juventude

Já fraca e de joelhos, assanhada

Da paga a rir-se toda em plenitude

Da mais doída mostra desvairada

Nos veios do tesão tão amiúde

A uma risada solta, gargalhada

O poderoso sangue ao corpo surge

Por um momento treme, se aguça

E em horas só propícias ao prazer

Executa o que faz por merecer

Calcando fundamente nesse ser

Aquela dança amorosa que assalta

Reanima de tanto que faz falta

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 02/09/2006
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