AS VEREDAS DA ILUSÃO
Sentindo no rosto o vento da solidão,
o qual vai aos poucos corroendo meu caminho,
por onde deverei passar, então, sozinho,
sem nenhum temor e com toda abnegação.
As tortas veredas que à frente seguirão,
já não serão mesmo aquelas que com carinho
um dia pensei, poderia com espinhos
trilhar, sem deixar vestígios de ilusão.
Pegarei a trilha, rumo à nova dimensão,
para transpor os obstáculos com cautela,
que não mantive quando tratei da paixão.
Quem dera agora pudesse confiar nela,
sem receio de maltratar meu coração,
e com menos dor, aceitar a falta dela.
Marco Orsi
13.06.2010