O mal

Rastejante verme sem escrúpulos vivendo

Vil réplica do mal abandonada

Corre sem destino, sem lar, morrendo

Alma limpa foge acabrunhada.

Imagem anã da virtude,

Figura retorcida do amor

Gerando o mal em toda amplitude

Maldito por todos, não tem valor.

Bastaria uma palavra, nada mais

Para contorcer este afã maldoso

Renovando esta vida que se esvai.

Sem intempérios raivosos

Paciência condescendente que atrai

Convencendo tal ser de instintos pavorosos.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 07/09/2006
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