Daltônico ser
Não vê mais as cores
Em um daltonismo da ignorância
Não sente o aroma das flores
É falível em sua inconstância.
Não sente a brisa fagueira
Não desperta para o dia
Não acende a fogueira
Para aquecer-se em noites frias.
Não paga tributos à natureza,
Nem mesmo a enxerga,
Não participa de sua beleza.
Como uma haste que enverga
Rebaixa-se sob a tristeza
E a vida o enerva.