Daltônico ser

Não vê mais as cores

Em um daltonismo da ignorância

Não sente o aroma das flores

É falível em sua inconstância.

Não sente a brisa fagueira

Não desperta para o dia

Não acende a fogueira

Para aquecer-se em noites frias.

Não paga tributos à natureza,

Nem mesmo a enxerga,

Não participa de sua beleza.

Como uma haste que enverga

Rebaixa-se sob a tristeza

E a vida o enerva.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 12/09/2006
Código do texto: T238095