A Marionete

A Marionete

Andas nas culpas de seus pais,

erras por eras, seu tormento

finca na dor sem cabimento,

chagas e medos imortais.

Obsessiva tens teu alento,

em teus vestígios materiais

que te corroem, os pedestais

de teu infeliz discernimento.

És a perpétua marionete,

de um sentimento corrosivo,

uma tormenta e nada mais.

E do passado que tiveste,

só foi de alguém que esteve vivo,

que não foi tu jamais... Jamais!