Capela

De olhos de vitrais tão verdes-relva,

Cabelos realçados nas luzes do Sol,

Tuas poses são afrescos da fé em Eva,

Messes que me conjuram ao teu escol.

Tem doçuras tantas quando falas ou sorris,

Que as palavras ressoam como em catedrais,

São cantos gregorianos e peças de Morris,

Aos meus ouvidos que não se fartam jamais.

És ídolo? Acredito que não! És muito mais...

Tens paredes e teto por sua firmeza e declínio

A tua vontade de crescer e prosperar nas lais,

Que nunca deixarei de escrever como epopéia,

Da história de uma mulher que venceu em vida,

E buscou no amor a construção de uma Capela.