Alma que vaga
Sensação de horror incurável
Dor que intensifica
A ressonância da noite é o choro solitário
O abismo não é tão doloroso
quanto ao punhal que fincou-se em meu coração
Sinto-me impossilitada
de sentir o pulsar da vida inebriante
O fulgor da vitalidade ocultou-se
Transformei-me em um réptil
Sua ausência me atormenta
O inverno é mais cortante
O sol não é mais reluzente
O dia e a noite confundem-se
Sonhos?
Tornaram-se metas desnecessárias
O viver findou-se
Eis que sou...
lixo humano, um ser que vaga
Meu habitat é o purgatório