Alma que vaga

Sensação de horror incurável

Dor que intensifica

A ressonância da noite é o choro solitário

O abismo não é tão doloroso

quanto ao punhal que fincou-se em meu coração

Sinto-me impossilitada

de sentir o pulsar da vida inebriante

O fulgor da vitalidade ocultou-se

Transformei-me em um réptil

Sua ausência me atormenta

O inverno é mais cortante

O sol não é mais reluzente

O dia e a noite confundem-se

Sonhos?

Tornaram-se metas desnecessárias

O viver findou-se

Eis que sou...

lixo humano, um ser que vaga

Meu habitat é o purgatório

Clusius
Enviado por Clusius em 28/07/2010
Código do texto: T2404908
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