NÁUFRAGOS

Era noite, madrugada e chovia

eu procurava por vocês e não achava

aquela louca tempestade não passava,

eu as chamava, mas ninguém me respondia.

As tsunâmes – a mansão dos afogados

eu sem saber de vocês - caíram ao mar?

será meu Deus que elas já sabem nadar?

se desprenderam dos meus braços tão cansados!

O nosso barco em mil pedaços se quebrou,

e mesmo assim, me agarrei ao que sobrou

na esperança de salvar minhas três rainhas

Muito cansado de chamar sem ser ouvido,

desfaleci, no meu sonho interrompido

eu vi vocês, tão distantes, tão sozinhas.