...Amor da minha vida
Foram tantos os anos em que padecendo
Senti a perturbação de calores no corpo.
Como se pecadora, condenada ao orco,
E a vida dos sonhos, acabou vida não sendo.
Só a solidão megera tive por conforto
Mas a experiência de vida, enfim, vencendo,
Intuiu a cautela do não querer, querendo,
Para não fundear a nau em qualquer porto.
O cuidado, embora, me trouxesse mil dores
Nessa escolha ingrata de amantes e de amores
Acabou por valer-me no afã concebido.
Busquei a felicidade, mal grado ao passado.
Venturosa sou, encontrei meu bem amado,
Pois a espera me trouxe o amor da minha vida!
Liliane Prado