Ideal
Meu vulto não tem valor real
Meu corpo por justa causa não existe
Meus sentimentos nesse mundo desleal
No amor e na pureza não persiste.
Existência obscurecida pela vida
Somente perdida no pedregulho
O seme angustiado na ânsia perdida
A preservar o maldito orgulho.
Meu ser a Deus pede clemência
O âmago do coração implora amor
Mas desvanesse após breve insistência.
Pedimos um abrigo que nos dê calor
Um ser que sempre com veemência
Nos abrigue no centro de uma flor.