Ideal

Meu vulto não tem valor real

Meu corpo por justa causa não existe

Meus sentimentos nesse mundo desleal

No amor e na pureza não persiste.

Existência obscurecida pela vida

Somente perdida no pedregulho

O seme angustiado na ânsia perdida

A preservar o maldito orgulho.

Meu ser a Deus pede clemência

O âmago do coração implora amor

Mas desvanesse após breve insistência.

Pedimos um abrigo que nos dê calor

Um ser que sempre com veemência

Nos abrigue no centro de uma flor.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 21/09/2006
Código do texto: T245454