Distante de mim

Guando te vejo emoldurada em delicadeza,

Sonho com estrelas cadentes no meu céu,

Tua alvura de ser inocente me dá fraqueza,

Um sintoma de padecimento e entrega do eu.

Que chamo e clamo a distante aurora austral,

Que não mais me renda na polar da solidão,

Dos cantos mórbidos do louvor da paixão,

Se não for contigo como constelação astral!

E vens com ar jocoso me perturbar a mente!

Será que tu gostas ou se diverte comigo?

Só tu, somente ti, pode responder-me.

Porque de tudo que hoje me tem atenção,

Tu és das recordações a mais bem-vinda,

Aquela que me detém exclusivo no coração.