Invejoso
De escrever tenho a ganância
Sem educação e estudo sério
De medidas e metros o refrigério
É menos sóbrio que na infância
Então discorre o plano estância
Tão longe quanto pode a distância
Entre uma rima que o saltério
Pode incorrer o inspirado misterio
É que invejo os poetas grandes
Que de Portugal a lingua expande
E o assunto muito corre e pouco ande
Enquanto no cinzel as formas cirandes
Já de longe os pequenos e gigantes
Dos estóicos de hoje e os de antes.