Invejoso

De escrever tenho a ganância

Sem educação e estudo sério

De medidas e metros o refrigério

É menos sóbrio que na infância

Então discorre o plano estância

Tão longe quanto pode a distância

Entre uma rima que o saltério

Pode incorrer o inspirado misterio

É que invejo os poetas grandes

Que de Portugal a lingua expande

E o assunto muito corre e pouco ande

Enquanto no cinzel as formas cirandes

Já de longe os pequenos e gigantes

Dos estóicos de hoje e os de antes.

boreto
Enviado por boreto em 13/09/2010
Código do texto: T2496112