A espera das flores

Quando enfim os botões q'inda estão entreabertos

alargarem sorrisos nos lábios incertos

Quando os tons de carmim que outrora cingidos

se fizerem presentes nos lábios unidos

Há de ser primavera rendendo o outono

desfazendo no abraço os nós do abandono

Há de o canto das aves soar na alvorada

anunciando que é tempo de amar e mais nada

Quando houver o meu riso no teu desaguado

corredeira dos sonhos há tanto dormidos

e no amor nos fizermos de dois um só ato

saberei das manhãs que jamais floresciam

que eram noites dormentes de olhares perdidos

e que em vãos eloquentes às flores bramiam.

Monica San

Monica San
Enviado por Monica San em 19/09/2010
Código do texto: T2508387
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