Ardilosa vida
Mostrai oh! Vida tua outra face
Não apenas te deleites em vinganças cruéis
Em ti que a esperança nasce
E tu a destróis em perfídias infiéis.
Vida! Tu nos consome por inteiro
Suga-nos todo o prazer de existir
Tens um ardil matreiro
Que nos impede o ato de sorrir.
Entre luz e trevas corres, oh! Vida
Sobre teus caminhos seguimos aflitos
Na mais ilusória esperança perdida.
Galgando a passo tua estrada florida
Sagazes espinhos nos ferem contritos
Que estão satisfazendo os desejos da vida.