Soneto n.157




Ah! Minhas mãos tecem a linha
e eu te amarro à essa urdidura
em feitiço (trama de ternura)
para nunca mais estar sozinha.

A textura especial se alinha
como se fosse doce pintura
ou notas da bela partitura
de uma sonata ou ladainha.

Um a um, eu teço cada pedaço:
Meus dedos sagram o ritual,
as estrelinhas ocupam o espaço.

E, feito uma carícia muito pessoal,
cada nó - com magia - entrelaço,
por ti, só por ti, meu anjo imortal!


Silvia Regina Costa Lima
23 de setembro de 2010



SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 24/09/2010
Reeditado em 15/02/2012
Código do texto: T2518511
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