É tempo...

É tempo de reencontrar alguns papeis,

Perdidos nas lufadas da vida,

Com rimas, sentimentos e rondeis,

Que foram ocultos numa amada perdida.

É tempo de recomeçar a escrever,

Nesse encontro perdido da escrita,

Transformando a palavra num dever,

E silêncio na poesia que grita.

É tempo de abrir comportas de sonhos,

De rezar pela vida, pela luz da paz...

“Ó Deus, misericórdia! Torne-me tenaz”...

É tempo do vento translúcido,

Da água e da terra. Do barro que sou...

Vejo uma vela, a escuridão parou...