Pegadas

Almas penadas se esbarram nas encruzilhadas

Enquanto em noites turvas, com o peito a sangrar,

Vago solitária por ruas estreitas e destroçadas calçadas

Janelas entreabertas, vidraças empoeiradas,

Miragem no espelho, de um olhar apagado,

Lembranças que restaram de promessas quebradas;

Pássaro de mau agouro bate asas e canta no telhado.

Letras embaralhadas formam-se minhas pegadas,

Espero a ajuda do alto, que se demora a chegar;

Balbuciando palavras, orações improvisadas.

Luar sem brilho, estrelas desbotadas!...

Faltam-me as forças pra continuar lutando,

Tenho regado o chão com lágrimas derramadas.

A solidão traz dores, é difícil continuar sonhando.

Cícera Maria
Enviado por Cícera Maria em 09/10/2010
Código do texto: T2547559
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