Soneto ao meu amor

UM DIA EU AMEI...

Não sei de quê possuí-me naquele momento

Nem de onde veio aquela força sem medidas:

Assim caí eu num fundo de esquecimento

Que me levou sem resistência ao covil das imas.

Pude ouvir lamentos no cantar da alma

E como que poesias me possuíram o corpo frio:

Então entreguei meu ser ao pecado de quem ama

E amei como o maior pecador que a Deus traiu.

E AINDA AMO...

Não sei quem está em mim, se homem ou possuído,

Nem se ainda sei o que é lutar contra mim

Ou se ainda sei que nunca fui parte do esquecido.

E ainda ouço o cantar distante da alma perdida

Que um dia fugiu para sua amada poesia

E não mais regressou a Deus ou à cela da vida.

Luan Santana
Enviado por Luan Santana em 26/10/2010
Código do texto: T2579443
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